Brasil

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Olavo Bilac

Olavo Bilac

Olavo Braz Martins dos Guimarães Bilac,

Foi jornalista,poeta,escritor,crítico,orador, inspetor de ensino, e ativista cívico,político e cultural,nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 16 de dezembro de 1865, e faleceu, na mesma cidade, em 28 de dezembro de 1918. Um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, criou a Cadeira nº. 15, que tem como patrono o grande poeta Gonçalves Dias.

Nasceu da união de Dr. Braz Martins dos Guimarães Bilac e a Sra.Delfina Belmira dos Guimarães Bilac. Após os estudos primários e secundários,fez o Curso de Humanidades no Colégio do Padre Belmonte e logo após matriculou-se na Faculdade de Medicina no Rio de Janeiro, mas desistiu no 4º. ano.
Posteriormente tentou, a seguir, o Curso de Bacharel em Direito em São Paulo, mas não passou do primeiro ano. Dedicou-se desde cedo ao jornalismo e à literatura. Teve intensa participação na política e em campanhas cívicas, das quais a mais famosa foi em favor do serviço militar obrigatório. Fundou vários jornais, de vida mais ou menos efêmera, como A Cigarra, O Meio, A Rua. Na seção “Semana” da Gazeta de Notícias, substituiu Machado de Assis, trabalhando ali durante anos. É o autor da letra do Hino à Bandeira.

Fazendo jornalismo político nos começos da República, foi um dos perseguidos por Floriano Peixoto. Teve que se esconder em Minas Gerais, quando freqüentou a casa de Afonso Arinos em Ouro Preto. No regresso ao Rio, foi preso. Em 1891, foi nomeado oficial da Secretaria do Interior do Estado do Rio. Em 1898, inspetor escolar do Distrito Federal, cargo em que se aposentou, pouco antes de falecer. Foi também delegado em conferências diplomáticas,ocupando ainda o honroso cargo de secretário do Congresso Pan-Americano, em Buenos Aires.Em 1907, secretário do prefeito do Distrito Federal. Em 1916, fundou a Liga de Defesa Nacional.

Sua obra poética enquadra-se no estilo Parnasiano, que teve na década de 1880 a fase mais fecunda. Embora não tenha sido o primeiro a caracterizar o movimento parnasiano, pois só em 1888 publicou Poesias, Olavo Bilac tornou-se o mais típico dos parnasianos brasileiros, ao lado de Alberto de Oliveira e Raimundo Correia.

Realizando a fusão do Parnasianismo francês e a tradição lusitana, Olavo Bilac deu preferência às formas fixas do lirismo, especialmente ao soneto. Nas duas primeiras décadas do século XX, seus sonetos de chave de ouro eram decorados e declamados em toda parte, nos saraus populares e salões literários de prosa e poesia comuns a época.

Entre suas Poesias encontram-se os famosos sonetos de “Via-Láctea” e a “Profissão de Fé”, na qual codificou o seu credo estético, que se distingue pelo culto do estilo, pela pureza da forma e da linguagem e pela simplicidade como resultado do lavor.

Em combinação da obra do poeta lírico, há nela a produção poética de tonalidade épica, de que é expressão o famoso poema “O caçador de esmeraldas”, celebrando os feitos, a desilusão e morte do bandeirante Fernão Dias Pais.
Olavo Bilac foi, emvida e em seu tempo, um dos poetas brasileiros mais populares e mais lidos do país, tendo sido eleito carinhosamente como o “Príncipe dos Poetas Brasileiros”, no Concurso da Revista Fon-fon,de 1º. de março de 1913. Alguns anos mais tarde, os poetas parnasianos seriam o principal alvo do Modernismo. Apesar da reação modernista contra a sua poesia, Olavo Bilac tem lugar de destaque na literatura brasileira, como dos mais típicos e perfeitos dentro do Parnasianismo brasileiro. Foi notável conferencista, numa época de moda das conferências no Rio de Janeiro, e produziu também contos e crônicas.

Além de poesias, escreveu um grande numero de cantos, crônicas e críticas para revistas e jornais. Foi, ainda, professor, tendo lecionado por algum tempo no Pedagogium, do Distrito Federal. Consagrou os últimos anos da vida à propaganda do serviço militar obrigatório,e a exaltação do amor incondicional à Pátria, realizando uma série de conferências em várias capitais do país,por conta desta trajetória,é considerado o Grande Poeta Patrono do Patriotismo Brasileiro.

Segundo alguns biografos,comentam que quando a morte se aproximava,o grande poeta Olavo Bilac,exclamou agonizante em seu leito :

                               " Enfim amanhece... Vou escrever ! "

Algumas de suas Obras:

Poesias (1888)


Crônicas e novelas (1894)

Crítica e fantasia (1904)

Conferências literárias (1906)

Dicionário de rimas (1913)

Tratado de versificação (1910)

Ironia e piedade, crônicas (1916)

Tarde (1918)

Contos Pátrios (infantil)

Livro de Leitura, (pedagógico)

Livro de Composição, (pedagógico)

Através do Brasil (pedagógico)

Teatro Infantil

Terra Fluminense

Pátria Brasileira

A Defesa Nacional (coleção de discursos)

Últimas Conferências e Discursos

Dicionário Analógico